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Cap. 126

Surpreendidos, os homens levantam as mãos imediatamente.

— Calma! – pede o homem que aparenta ser mais velho, com um longo cavanhaque grisalho. — Somos só dois veteranos da guerra.

A informação não faz Wayne abaixar suas armas.

— Ouvimos chamarem o senhor de xerife. – explica o outro homem, mais magro e com um bigode fino e escuro. — Precisamos de algumas informações. O senhor poderia nos ajudar?

Wayne já está com um “não” na ponta da língua quando o homem mais velho acrescenta: — Nós pagamos a bebida enquanto conversamos.

As armas voltam para o coldre e Wayne se volta para o balcão outra vez.

— Falem. - diz ele, pegando seus copos, entornando os dois e batendo com eles no balcão, um sinal já conhecido de que é para trazerem mais.

— O senhor é o xerife desta cidade? – pergunta o homem mais velho.

— Não está vendo a... – Wayne se lembra de que está sem sua estrela. — ... que foi assim que me chamaram? O que vocês querem aqui?

O homem mais novo retoma a explicação: — Meu nome é Malcolm, senhor xerife. Como dissemos, somos veteranos da guerra e estamos trabalhando agora na captura de fugitivos.

Wayne: — Vocês são homens da lei?

Malcolm: — De certa forma, sim. Digamos que somos pessoas querendo que a justiça seja feita.

Wayne: — Não sei de quem vocês querem se vingar e não me interessa.

O homem mais velho volta à conversa: — Oh, não, meu caro senhor! Não se trata de vingança. Sou o Coronel Cyrus Theodore Jackson, lutei bravamente na guerra e juro por minha honra de que estamos apenas querendo localizar perigosos fugitivos.

Wayne: — Os fugitivos são mexicanos?

Coronel: — Não.

Wayne: — É um médico?

Coronel: — Também não.

Wayne: — Um europeu irritante?

Malcolm: — Não, senhor, eles...

Wayne, interrompendo: — Então não estão aqui. Acabem de beber, paguem e deixem minha cidade.

Malcolm decide concluir: — São negros, senhor. Um bando de pretos fugitivos.

O xerife mastiga a bebida na boca pensando no que responder.
 

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